sábado, 23 novembro de 2024 ás 12:51 AM
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CF 2024: drogas estão entre as causas que geram e alimentam a inimizade

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Sabe-se que, ao longo de sua história, a Campanha da Fraternidade tem abordado vários temas, todos muito concretos, diretamente ligados à vida das pessoas, das comunidades e, é claro, de todo o povo brasileiro. Em 2024, ao trazer como temática principal a “Amizade Social”, a Campanha reflete sobre o quanto podemos melhorar a nós mesmos e o mundo. “A amizade social é uma convocação a valorizar o direito à vida, o direito ao seu desenvolvimento integral” (Manual Cf, p.22).

O texto-base da CF 2024 convoca a superar as diferenças, as divergências e a oposição para que nada nos impeça de cumprir o mandamento maior que Jesus deixou em testamento: “Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34). E, nesse ato de amor, considerar o outro sempre como um irmão, uma irmã que precisamos acolher, conhecer e apreciar.

O subsídio aponta, ainda, diversas situações angustiantes e que são consideradas como sinais de divisões e inimizades, “sombras de um mundo fechado”. São as situações de assédio moral e sexual, defesa do aborto, devastação ambiental, feminicídios, bullying, intolerância religiosa, tráfico/uso de drogas. Essa última situação, por exemplo, vem sendo acompanhada com grande atenção por parte de vários setores governamentais, da sociedade civil e instituições.

Secretário-Geral da CNBB fala sobre relação do tema da  CF e as drogas:

Posição da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sempre se pronunciou contrária, de forma clara e objetiva, a respeito da descriminalização do uso e do porte de drogas no país, pauta que inclusive será levada para julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima quarta-feira, dia 6.

Segundo Relatório Mundial de Drogas das Nações Unidas existem no mundo mais de 200 milhões de consumidores de drogas, com idades entre 15 e 64 anos. Cerca de 110 milhões as consomem com regularidade e 90 milhões são consumidores ocasionais. Os dados revelam, ainda, que desse total, mais de 35 milhões de pessoas sofrem de transtornos associados ao uso de drogas.

E o texto-base da CF mostra que, quem segue por um desses caminhos – inclusive o de tráfico e uso de drogas – não vive a fraternidade:

“Em cada uma dessas situações, o que se enxerga é a ausência de fraternidade, o desvalor da outra pessoa, das demais pessoas, na mesma atitude expressa por Caim quando Deus lhe indagou a respeito do irmão que ele havia matado. Caim só pensava nele mesmo. Por isso, não temeu deixar-se levar por sentimentos ruins e, para solucioná-los, escolheu matar o irmão. Com isso, sua resposta a Deus não é marcada pelo respeito, mas pela indiferença e desrespeito” (Manual da Cf, p.26).

Julgamento da descriminalização de drogas no STF

Após pouco mais de seis meses desde a última votação, o julgamento que trata da descriminalização de drogas para o uso pessoal voltará a ser pautado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, dia 6 de março. Atualmente, o placar é de cinco votos favoráveis – Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e a recém-aposentada Rosa Weber – e um contrário, de Cristiano Zanin. 

O Papa Francisco aponta o uso de drogas como uma forma de degradação e já expressou,  com muita clareza, que “a droga não se derrota com droga. A droga é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos.”

Na carta Encíclica Laudato Si’,  o Papa Francisco constata, com tristeza, que são numerosas as pessoas provadas por condições de vida indigentes, que exigem atenção e o compromisso solidário. Atesta, ainda, que a “a própria vida humana é um dom que deve ser protegido das várias formas de degradação” (Carta enc. Laudato si’, 120).

Retome a posição da CNBB (aqui)

Compromisso da Igreja no combate às drogas

A Igreja Católica tem compromisso com a superação da dependência química e recuperação dos vínculos familiares e sociais de pessoas que tem envolvimento com drogas. Esse compromisso é realizado no acolhimento, no cuidado e na oferta de oportunidade de vida nova através da espiritualidade, do trabalho e da vida de comunidade. Iniciativas como a Pastoral da Sobriedade, as Fazendas da Esperança e a Missão Belém são exemplos dessas ações de caridade.  Saiba mais (aqui). 

 

 

Fonte: CNBB

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