Mc 7, 1-8.14-15.21-23
Vós abandonais o mandamento de Deus e vos apegais à tradição dos homens (Mc 7, 8)
O evangelho deste domingo nos coloca diante da realidade da vida cristã, que exige de nós um caminho de conversão constante. Para isso, é preciso permitir que as Leis de Deus estejam escritas em nosso coração e a cumpramos fielmente, porque felizes os que guardam seus ensinamentos e de todo o coração o buscam (Sl 119, 2). Lemos, pois, no evangelho, o diálogo dos fariseus e escribas com Jesus sobre a Lei de Deus, as tradições humanas e a pureza e impureza. Isso nos deixa claro que o apego às leis e às práticas externas, como algo absoluto, corre-se o risco de reduzirmos essas normativas, apenas como um fim ao invés de ser um caminho que nos levará à perfeição.
Desse modo, caríssimos irmãos e irmãs, quando Jesus diz, utilizando das palavras do profeta Isaías: Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim (Mc 7. 6), Ele nos chama a atenção para a conformidade da nossa vida, através daquilo que cremos, dizemos, agimos. Uma vez tendo gravado em nós a Lei da Nova Aliança, e buscamos a partir dela conduzir a nossa vida, nossa boca fala daquilo que o coração transborda (Mt 12, 34).
Sendo assim, é preciso que purifiquemos o nosso coração e nossas ações, de modo que nossa vida seja sinal de que pertencemos a Cristo Jesus. A lei deve ser, para nós, oportunidade de crescermos na fé. E para isso, deixemo-nos, em nosso dia a dia, ser conduzidos pelo Senhor através dos seus mandamentos, de modo que, ao cumprirmos com sua vontade, tenhamos uma plena comunhão com Deus e uma verdadeira partilha de amor uns com os outros, tornando-nos livres.
Pastoral Vocacional