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Dom Fernando Brochini ordena dois novos sacerdotes: Padre Lenilson e Padre Walisson para o serviço da Igreja

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No sábado, 19 de março, Solenidade de São José, Esposo de Maria, a Diocese de Itumbiara ordenou dois novos sacerdotes para o serviço da Igreja, sob a imposição das mãos do bispo Dom Fernando Brochini. A celebração contou com a participação de vários padres da diocese e de dioceses vizinhas, religiosos e religiosas e seminaristas de várias dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal).

A cerimônia de ordenação aconteceu na Paróquia São Sebastião e São Benedito, em Itumbiara (GO). No início da celebração, Dom Fernando lembrou da solenidade de São José, destacando que o Patrono da Igreja Católica foi aquele que doou sua vida para proteger Jesus na sua infância e adolescência. “Da mesma forma ele cuida com amor da esposa de Cristo que é a sua Igreja”, afirmou.

Após o rito da Palavra, aconteceu o momento da eleição dos candidatos, conforme o rito de ordenação presbiteral. E em seguida, na homilia, Dom Fernando disse que a alegria da Igreja neste dia ao celebrar São José deve invadir todos os nossos corações. Ele que acolheu o desejo de Deus e foi o último patriarca que preparou toda a humanidade para acolher o Senhor que através dos sonhos recebe as mensagens da revelação do Pai a seu respeito, assume a atitude humilde que acolhe como homem de profunda fé, portanto, justo na observância de todo o caminhar do povo de Deus na fidelidade da aliança ao seu Deus na missão que lhe é confiada.

Dirigindo-se aos ordinandos, Dom Fernando disse para eles terem coragem e determinação e pediu que eles não se preocupem com a pouca idade, assim como Paulo já dizia a Timóteo: “diante dos anciãos, vocês terão a sabedoria do Espírito. Apesar da pouca idade no testemunho patriarcal de José, vocês tornem-se também tutores de Cristo Jesus, guardadores daquele que o Pai nos envia como a grande graça redentora e salvadora de Jesus Cristo, o Deus que salva”. O bispo também pediu a unidade dos novos sacerdotes ao pastor da Igreja de Itumbiara. “Unidos ao bispo testemunhemos a unidade da Igreja em Cristo na fidelidade da missão, testemunhemos a obediência de José ao acolher a vontade do Pai, a obediência de Cristo que diz: eu tenho que cumprir a vontade do Pai até o fim”.

[Homilia completa ao fim da matéria]

Após a homilia, os eleitos de pé responderam às interrogações feitas pelo bispo de apascentarem as ovelhas do rebanho; ensinar a fé católica; celebrar com devoção e fidelidade os mistérios de Cristo. A ladainha foi o momento seguinte com os eleitos deitados e todo o povo de Deus de joelhos pedindo que Deus derrame com largueza a sua graça sobre seus servos.

Por fim, Dom Fernando impôs suas mãos sobre os ordinandos e fez a prece de ordenação pedindo a Deus pelos eleitos. Com a unção das mãos dos novos sacerdotes Lenilson e Walisson, foi selado o ministério sacerdotal e os jovens sacerdotes foram revestidos com a estola e a casula logo após a prece de ordenação. Outro momento muito importante foi quando o bispo amarrou as mãos oleosas dos sacerdotes e que em seguida foram desamarradas por aquelas que receberam sua primeira bênção sacerdotal.

A celebração continuou após esses momentos de profundo significado com o abraço do bispo e do colégio de presbíteros. Depois missa seguiu normalmente. Ao fim da celebração, os padres receberam os cumprimentos de todo o povo em frente a igreja de São Benedito e São Sebastião e em seguida houve um delicioso almoço oferecido na Paróquia Nossa Senhora das Graças.

O diácono Erick Meneses será ordenado sacerdote no próximo sábado, 26 de março, às 9h, na igreja Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, em Morrinhos (GO).

 

Homilia completa do Dom Fernando Brochini

Hoje acolhemos estes nossos dois irmãos, acredito que na história da nossa diocese nunca tivemos a ordenação de três sacerdotes. Hoje Lenilson e Walisson e no próximo sábado o diácono Erick, como sacerdotes do Deus altíssimo, presbíteros do povo de Deus, anciãos do povo. Paulo já dizia a Timóteo, não te preocupa da tua pouca idade, diante dos anciãos você terá a sabedoria do Espírito. Então ancião dentre os anciãos, apesar da pouca idade no testemunho patriarcal de José, vocês tornem-se também tutores de Cristo Jesus, guardadores daquele que o Pai nos envia como a grande graça redentora e salvadora de Jesus Cristo, o Deus que salva. O Deus que vem para salvar, o Deus que vem para remir e nós sabedores de todos os documentos exarados pelo magistério da Igreja, somos assim corresponsáveis em primeiro lugar. Por isso que o diácono recebe o livro dos Evangelhos e lá no dia da sua ordenação nós dissemos: recebe os santos evangelhos, lê com cuidado, guarda a palavra, anuncia aquilo que creres.

Então a fé neste mergulho da palavra de Deus lhes dá agora como primeira missão serem evangelizadores, anunciadores da palavra, a fim de colocar a palavra de Deus no centro da vida de toda a comunidade. A partir desta palavra que nós podemos desenvolver esta plantinha da fé que nos foi plantada em nosso coração no dia em que nosso batismo nos resgatou do pecado no sangue do Senhor e nos devolveu a dignidade de sermos filhos e filhas do Deus altíssimo. É esta plantinha da fé que vai sendo desenvolvida pela alimentação da palavra.

Para santificar é preciso ser santo. Para distribuir a santidade do Espírito de Deus é preciso ser santos na realidade da presença de Deus em nós. E esta santificação se dará no exercício do seu ministério de verdadeiros servidores do povo

Infelizmente nós nos esquecemos da palavra de Deus. Corremos atrás de tantas formas de devoções para a manifestação de nossa fé que nos esquecemos da fonte da fé que é a palavra. Ela tem que ser resgatada, colocada no seio das comunidades. Nenhuma pastoral pode ser fecunda a não ser da partilha dessa palavra na ação evangelizadora. Daí vem o nome de pastoral que é o pastor que vai ao encontro das ovelhas para anunciar a sua presença. E a presença do pastor único que nós temos é Jesus Cristo. Então anunciadores da palavra e a partir desta fé profunda e verdadeira da palavra de Deus que deve se transformar como próprio sangue circulando em nossas veias. A partir daí exercer o ministério da santificação do povo como sacerdotes do Deus altíssimo. Santificadores, para santificar é preciso ser santo. Para distribuir a santidade do Espírito de Deus é preciso ser santos na realidade da presença de Deus em nós. E esta santificação se dará no exercício do seu ministério de verdadeiros servidores do povo entendendo bem que jamais vão se depor do avental que foram revestidos no seu diaconado, esse avental não vai deixar de existir na vida de vocês, o avental assumido por Cristo na ceia derradeira em que ele se prostra aos pés dos seus discípulos e se torna um servidor de seus próprios servos. Assim também deve ser o presbítero no seio da comunidade, servidor da comunidade, administrador da fonte da graça de Deus primeiramente no exercício único da sua função e tornar sempre presente do nascer ao pôr do sol o Cristo vivo e ressuscitado na eucaristia. Alimentados desta presença do Cristo que se faz pão, que se faz alimento, que se faz único conosco para que possamos também nos tornar um com ele na mesma missão recebida do Pai, do altar vocês dispensam essa graça da força do Espírito do Cristo Jesus para que toda a Igreja se transforme no seu múnus sacerdotal de povo de Deus, santificadores da humanidade toda nas mais diversas realidades em que estamos vivendo. No exercício da misericórdia de Deus acolhendo o pecador como Cristo acolhe a mulher pecadora que lhe é apresentada, não para condená-la, mas para reergue-la do pó do pecado e transformá-la em verdadeira discípula conduzida do Pai no amor redentor da misericórdia.

Jamais deixe de acolher qualquer um que te procure para que na tua pessoa consagrada, santificada pela unção do Espírito você possa ser essa certeza do Pai que com os seus braços abertos acolhe a todo aquele que nos descaminhos da vida se afastou dele e que no reconhecimento de que o único bem necessário é Deus em nossa vida que retorna para readquirir a herança perdida. Que no batismo, nas águas santas, vocês tragam novamente para a humanidade escravizada no pecado a graça da libertação de verdadeiros filhos de Deus. Na unção dos enfermos levem esta certeza de que Deus jamais nos abandona de qualquer momento das nossas vidas, mas caminha nos nossos passos e que nos momentos mais difíceis ele se mostra com esperança de vida, com fortaleza nos sofrimentos como consequência ainda destes pecados que carregamos em nossa humanidade. Embora libertos em Cristo, ainda carregamos dentro de nós a miséria da humanidade. E é neste momento de dor quando todas as esperanças humanas desaparecem de nós é que a presença do padre que traz a palavra da vida se faz indispensável, não esta vida que vai terminar um dia, mas a vida que jamais termina e que iniciou-se no nosso renascimento no batismo. Esta ação evangelizadora desta entrega total como servidor do povo de Deus deve resplandecer em todo o seu ser consagrado, ungido como aquele que foi escolhido por Deus para que em Cristo, com Cristo e por Cristo continue a grande missão do anúncio da salvação.

Grande é a responsabilidade que vocês assumem hoje

Então queridos, grande é a responsabilidade que vocês assumem hoje, mas não tenham medo. O próprio Senhor disse aos discípulos quando os enviou para anunciarem a ele como a salvação do Pai a todos os povos: ‘não tenham medo, eu vou estar com vocês até o fim dos séculos’. Ele que caminha conosco, é por ele que temos essa força e por ele jamais deixamos a fidelidade que assumimos neste dia, colaboradores dos apóstolos escolhidos por Deus, hoje nesta missão episcopal dada como Cristo cabeça da Igreja, o bispo sucessor apostólico nas comunidades, a visibilidade da cabeça do Cristo que caminha, que orienta e que dirige todos os nossos passos, jamais deixem de ser verdadeiros colaboradores não da pessoa, mas da sucessão apostólica da grande missão de Cristo: ‘vão, agora vocês devem ser evangelizadores’.

Unidos ao bispo testemunhemos a unidade da Igreja em Cristo, na fidelidade da missão, testemunhemos a obediência de José ao acolher a vontade do Pai, a obediência de Cristo que diz: ‘eu tenho que cumprir a vontade do Pai até o fim’. Então imagens do Cristo, servidores do Pai, anunciadores da vida verdadeira que o Pai quer junto de si. Esta é a grande missão que lhe é confiada hoje. A Igreja precisa realmente de um renovado fervor. Há 15 anos na Conferência de Aparecida, o magistério da Igreja presente na América Latina e Caribe nos desafiava. Hoje a Igreja precisa de uma profunda conversão. Conversão dos corações, conversão das estruturas, conversão pastoral. Não existe pastoral, não existe nenhum movimento eclesial que não seja evangelizador, anunciador de Cristo.

Hoje a Igreja precisa renovar-se como as primeiras comunidades apostólicas, comunidades de verdadeiros elos de fraternidade numa cultura onde nos afasta como pessoas, onde a individualidade é usada. E a mensagem do evangelho é justamente o contrário: vivermos como irmãos, em verdadeira fraternidade a partir do testemunho de um amor verdadeiro e fraterno no colegiado presbiteral em cada Igreja particular e na Igreja como todo corpo único do Senhor fazemos reviver nos corações humanos este desejo de Cristo que todos sejam um como Jesus e o Pai são um. Fazer realmente um povo sacramental. A Igreja como sacramento da salvação que Cristo oferece a todos como aquele sinal visível de uma Igreja toda ela unida em Cristo por um verdadeiro amor fraterno e toda ela neste caminhar sinodal (único caminho e todos juntos) esta Igreja na corresponsabilidade de todos na missão única de Jesus Cristo. Sejam vocês essas forças renovadoras do Espírito Santo. Muita coisa já não produz o fruto da salvação, precisa ser revivificado pelo Espírito Santo de Deus, presbíteros a serviço do povo de Deus para que todos em Cristo encontrem o único caminho, acolham a única verdade e sejam conduzidos pelo único pastor ao encontro do Pai. Que Deus vos abençoe, que o Espírito Santo seja sempre a sabedoria, a força do caminhar de vocês e desta entrega total. Amém!

Vídeo da Cerimônia 1

 

Vídeo da cerimônia 2

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Diocese de Itumbiara
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A Diocese de Itumbiara foi criada no dia 11 de outubro de 1966, pelo Papa Paulo VI, desmembrada da Arquidiocese de Goiânia; seu território é de 21.208,9 km², população de 286.148 habitantes (IBGE 2010). A diocese conta 26 paróquias, com sede episcopal na cidade de Itumbiara-GO.

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