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Bispos e administradores diocesanos do Regional Centro-Oeste retornam às suas dioceses após Visita ad limina, no Vaticano

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Terminou nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, lá em Roma, a visita que os bispos do Centro-Oeste fizeram dentro do programa de visitas ad limina que a CNBB realiza neste ano de 2020. O padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO), enviou seu último boletim:

DIA 17 – Hoje, último dia da Visita ad limina apostolorum, vivenciamos um dos momentos centrais: a visita ao sepulcro do Apóstolo São Pedro, na Basílica que leva o nome do santo. Celebramos a missa às 7h30 presidida pelo cardeal dom João Braz de Aviz; ao final, diante do sepulcro, professamos nossa fé recitando o Credo.

Nossa jornada prosseguiu com a visita ao Tribunal da Assinatura Apostólica, departamento que, entre outras tarefas, cuida da prática da justiça exercitada nos tribunais eclesiásticos. Fomos bem recebidos pelo cardeal dom Dominique Mamberti e seus auxiliares às 9h30. Coube a dom José Francisco Falcão apresentar o nosso Regional ao senhor cardeal. Esta visita foi uma oportunidade para falarmos sobre as atividades dos tribunais eclesiásticos de Goiânia, Brasília e Uruaçu e acolhermos algumas indicações sobre a aplicação do direito canônico.

À tarde fomos recebidos pelo cardeal Gianfranco Ravasi e seus auxiliares no Pontifício Conselho para a Cultura. O diálogo foi aberto após a síntese da realidade cultural religiosa vivida por nossas dioceses ter sido apresentada por dom Washington. Foram tratados vários argumentos como: diálogo fé e razão, cultura e fé, o mundo do esporte, arte, inteligência artificial, comunicação digital e bens culturais, todos como espaços de diálogo e promoção da pessoa humana na sua integralidade.

Com esta última visita encerramos a Visita ad limina apostolorum 2020. Tudo ocorreu em um clima de muita comunhão, fraternidade e fé. Amanhã, terça-feira, os bispos e administradores regressarão às suas dioceses para compartilhar com os seus diocesanos a evangélica experiência de vir a Roma para “ver Pedro”.

Agradecemos a você que nos acompanhou e rezou por nós. Saiba que também rezamos por você.

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Missa na cripta da Basílica de São Pedro

Homilia do Cardeal João Braz de Aviz

Esta Basílica, do século 16, 17, foi fundada em cima da primeira Basílica de Constantino, que por sua vez foi fundada obedecendo, justamente, a posição do túmulo de Pedro. E quando a gente visita essa catacumba mais conservada, mais cuidada, a gente percebe que houve uma preocupação, muito forte, de preservar o túmulo de Pedro. Uma preocupação que esse lugar ficasse, com certeza, identificado. Tanto que Constantino jogou um bocado da terra que foi feito o aterro em cima do túmulo e escondeu e, depois, foi feito esse fundamento.

Para nós, esta sede, a sede do Apóstolo Pedro, tem uma consequência muito forte na nossa vida de pastores. Claro que nós professamos a nossa fé em Jesus Cristo e nós sabemos o quanto isso é central para todos nós, até ao ponto de dar a vida, se isso for preciso. Mas, na história há uma mediação e essa mediação é de Pedro para a unidade da Igreja. Dias atrás, quando nós celebramos o dia 2 de fevereiro, na missa, o Papa foi na véspera, na tarde do dia 1. Eu usei na saudação a ele, a palavra: Sando Padre, vivemos um tempo de turbulência. Ele deu uma risada, como faz sempre e disse: João, as turbulências são necessárias. Eu falei: pois é, Santo Padre, mas elas existem. Ele disse: elas existem. E, de fato, a Igreja sempre passou por momentos assim, de turbulências. A gente sabe que ela permanece em pé e não é pela nossa capacidade, não é pelo nosso saber fazer, mas é por esse mistério da presença de Cristo e também da presença de Cristo na pessoa de Pedro que é o único, no mundo, que tem essa promessa e a realização dessa promessa que a Igreja será edificada sobre essa pedra.

Uma vez, aqui em Roma, se falava desse período de turbulência devido o fato de nós termos dois papas. Se usou, numa das universidades aqui de Roma, a palavra: “neste tempo do papado alargado”. E a expressão não foi para frente porque não existe papado alargado, existe um papado só, existe um papa único. E nesse sentido, para nós também, é importante não nos fixarmos na figura de um papa. Nós temos a graça de todos os papas, praticamente, desses últimos anos da Igreja são declarados santos, faltam poucos para serem declarados santos. Então, essa é uma graça muito grande. Mas, esse é o momento, é o momento de Francisco. É com Francisco que nós caminhamos. Sem Francisco, não existe Igreja. E é importante que a gente tenha dentro da gente essa capacidade sempre de se “aggiornar”, de se atualizar, de quebrar os esquemas que nós já tínhamos construído, mantê-los dentro da fé e faze-los seguir. Então, essa missa de hoje, para nós, tem um chamado muito bonito, eu acho, para essa comunhão profunda da Igreja, para essa colegialidade.

Por onde caminhar? Hoje a gente lembra uma família religiosa que nasceu de sete leigos, sete santos servitas, os Servos de Maria. Nasceu logo depois da linha do tempo de São Francisco. Nasceu em Florença. Foi lá no Monte Cenário. Homens que trabalharam com o dinheiro, mas que tinham no coração a força da fé e que se recolheram a um lugar onde podiam manifestar esse desígnio de Deus para o qual eles se sentiam chamados e escolheram Nossa Senhora como modelo para eles caminharem, os Servos de Maria. E, daqui uns dias também, a gente vai celebrar a Cátedra de São Pedro, dia 22. Então, eu acho importante a gente poder dizer: Senhor é nesta fé que nós caminhamos.

Alguns de nós que somos um pouco mais velhos, já olhando para vocês que estão chegando, sabemos que o tempo da gente está passando. A gente quer passar da tenda para a casa, logo que puder. Mas, a Igreja é chamada para essa fidelidade. Os tempos mudam, as necessidades também se apresentam daqui e dali, as contradições se apresentam, mas se esse núcleo central que é o Evangelho, a Tradição da Igreja, o Magistério, a nossa vida fraterna e colegial, a entreajuda para a gente não se sentir sozinho, se tudo permanece de pé, a gente caminha e caminha com alegria.

Eu quero agradecer a vocês de me darem também essa oportunidade de reviver um pouco aquilo que a gente viveu por muitos anos na comunhão com o Regional Centro-Oeste e como muitos de vocês, com outros a gente só conheceu mais de longe, mas a gente também ama e sabe que faz parte dessa Igreja, nesse Regional. E que esta missa de hoje nos ajude a poder saber que conosco caminha o Senhor, que Ele é o vivente, Ele continua na sua Igreja, sempre, apesar de todas as limitações. Esta santidade, diz o Papa Francisco, construída no meio dos problemas, no dia a dia, nas coisas que são limpas e nas coisas que são sujas. Mas, a gente está aí também e vamos caminhando. O importante é que haja essa tendência para Ele. Que o Senhor nos ajude, então, a realizar este caminho. Hoje tinha essa amonição tão bonita na Carta de Pedro: cuidar do rebanho com o coração grande e não com nenhum outro interesse a não ser o interesse de levar o Evangelho e Cristo às pessoas. Temos um Regional bem solidificado na tradição da fé, temos comunidades muito bonitas em todos os cantos, temos bispos que dão um testemunho muito bonito na nossa região, então, eu creio, que é só reavivar a fé e tocar em frente. Que Deus abençoe o Regional Centro-Oeste com todos os seus bispos e todas as suas comunidades.

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Dom Washington Cruz sobre o Pontifício Conselho para a Cultura

O dicastério para a Cultura é da maior importância para a Igreja porque, nós devemos, neste mundo conviver com os homens, os homens de cultura, na maior simplicidade. Os pequenos, os pobres têm a sua cultura. E também os homens da cultura que são cristãos, católicos praticantes. Mas, muito mais com os homens, as mulheres de cultura neopagã ou secularizante. Com estes homens, devemos tratar de Deus e do seu Evangelho com a linguagem que eles entendem. Podemos abordar assuntos como o futebol, podemos abordar assuntos como o ciclismo, podemos abordar assuntos como as artes e assim por diante. O mundo da Medicina, por exemplo. Eu lembrei de Goiânia, que o meu médico do coração, ele me pediu para que se fizesse um encontro arquidiocesano com todos os médicos para que houvesse um diálogo sério no mundo da Medicina, isso é cultura.

Eu, hoje, estando com o Cardeal Ravasi, a medida que ele falava, a minha cabeça ia se estendendo, ia se ampliando para o mundo inteiro e vendo que tudo é cultura. E não é nada superior uma cultura a outra. É preciso entender as culturas. É preciso pesquisar, procurar aprofundar as culturas, para que a gente possa, realmente, ter uma penetração na vida da Igreja, na vida da sociedade.

O regional Centro-Oeste é marcado, evidentemente, pela devoção popular. Eu sempre disse que o que foi o que salvou a fé do povo do Centro-Oeste foi o Divino Pai Eterno, as várias formas de honrar o Divino Espírito Santo, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por exemplo. Isso foi o que salvou a nossa fé. Porque em duas décadas, talvez de 70, 80 e até um pouco de 90, as pessoas se esqueceram ou até contrastavam a cultura popular, mas o povo não cedeu, continuou indo ao Divino Pai Eterno, continuou fazendo sua procissão ao Divino Pai Eterno, continuou crendo no Divino Pai Eterno, continuou pedindo ajuda ao Divino Pai Eterno e venceu as ondas contrárias. E, hoje, o Divino Pai Eterno, a sua devoção, se estende a todo o Brasil através de todos os meios modernos de comunicação e até a TV que está fazendo um bem imenso.

Dom Washington Cruz sobre a Visita Ad Limina

Eu estou no quinto ano de Visita Ad Limina. A primeira foi em 90, a segunda, em 96, a terceira em 2003, a quarta, em 2010 e agora, 2020, cinco visitas Ad Limina. Eu posso dizer que houve um crescendo desde o ano 90 até este ano. Penso que tenha sido a culminância das visitas que fiz ao Santo Padre e ao túmulo dos apóstolos São Pedro e São Paulo. Fui, cada vez mais, sendo estimulado a viver o meu espiscopado, doando minha vida pelo Evangelho, doando minha vida pelo povo e trabalhando para que o Reino de Deus cresça em nosso estado, em nossa região, em nosso Brasil.

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Datas do encontro com o Papa Francisco para os próximos grupos da CNBB na Visita Ad Limina – 2020

24 de fevereiro – SUL 2

30 de março – SUL 3

11 de maio – NORDESTE 1 + NORDESTE 4

18 de maio – NORDESTE 2

25 de maio – NORDESTE 3

4 de junho – NORDESTE 5

18 de junho – NORTE 1 + NOROESTE

3 de setembro – NORTE 2 + NORTE 3

10 de setembro – OESTE 1 + OESTE 2

14 de setembro – SUL 1 A

21 de setembro – SUL 1 B

24 de setembro – LESTE 1

28 de setembro – LESTE 2

1 de outubro – SUL 4

Diocese de Itumbiara
Diocese de Itumbiarahttps://diocesedeitumbiara.com.br/
A Diocese de Itumbiara foi criada no dia 11 de outubro de 1966, pelo Papa Paulo VI, desmembrada da Arquidiocese de Goiânia; seu território é de 21.208,9 km², população de 286.148 habitantes (IBGE 2010). A diocese conta 26 paróquias, com sede episcopal na cidade de Itumbiara-GO.

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