“A guerra não acabou, há porém germes de esperança.” É o que afirma o diretor da Casa salesiana de Aleppo, Pe. Pier Jabloyan, dando seu testemunho após um novo sinal forte com o qual o Papa Francisco quis fazer-se presente na amada Síria e a toda a sua população, incluindo os não cristãos.
A bênção do ícone de Nossa Senhora das Dores consoladora dos sírios, este domingo (15/09), na Casa Santa Marta, no Vaticano, coincidiu com mais uma dia de dor para o país do Oriente Médio.
A explosão de um carro-bomba no norte da província de Aleppo destruiu uma estrutura hospitalar deixando ao menos 12 mortos, ao tempo em que foram retomadas intensas incursões aéreas governamentais e russas contra insurgentes ao noroeste e sudeste de Idlib, zona no centro de negociações em andamento entre Turquia e Rússia.
Rezar pelos políticos e apoiar os jovens
O quadro que se apresenta ainda é muito difícil, explica o sacerdote salesiano, uma situação de falta de serviços, de transportes, de uma profunda crise da economia: contudo, há jovens que dão o exemplo com seu apego à vida, com seu amor pelo país. Essa é a maior consolação para os salesianos que trabalham na Síria a serviço das novas gerações para reconstruir um futuro de paz e convivência, ressalta.
Nas palavras do religioso também a oração pela classe política internacional chamada a reescrever as sortes da Síria e a oração da Igreja católica pela paz e a justiça.
Povo sírio continua pedindo justiça e paz
O encorajamento que o Papa Francisco faz chegar a milhares de quilômetros de distância com seus gestos impulsiona os sírios a ser testemunhas corajosas, afirma Pe. Jabloyan.
O povo viveu a bênção do ícone de Nossa Senhora das Dores e, antes ainda, a doação que o Papa fez de Terços e Bíblias em árabe como um grande sinal de esperança. Maria se faz próxima, consolação, silêncio e esperança de Ressurreição: os sírios hoje se alimentam disso e continuam pedindo paz e justiça, conclui o religioso salesiano.