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Missa em Ação de Graças marca o envio de famílias de migrantes e refugiados que serão interiorizados em São Paulo 

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Na sexta-feira, 27 de maio, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, presidiu missa em Ação de Graças no Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, em Brasília (DF). O subsecretário-adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, também acompanhou o momento. Ele tem ido,  mensalmente, prestar assistência religiosa com celebrações de missas e batizados à casa de acolhida.

A diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), irmã Rosita Milesi, informou que a iniciativa da missa marcou simbolicamente o envio, para São Paulo, de famílias de migrantes e refugiados venezuelanos atendidos pelo projeto “Acolhidos por meio do trabalho”.  

“O Centro tem recebido, nos primeiros meses deste ano, 59 famílias, somando 141 pessoas. Estas são preparadas para, após um período de 3 meses, poderem se estabelecer autonomamente, com a tranquilidade de que em cada família há pelo menos uma pessoa com emprego. No próximo sábado, 6 famílias partirão para seus locais de residência. E hoje com a celebração eucarística celebrada por dom Joel, acompanhado por padre Patriky estamos realizando o envio das famílias para que partam animadas, em espírito de fé, com a bênção que representa a CNBB na vida dessas famílias”, explicou a religiosa.

Dom Joel Portella, presidiu missa em Ação de Graças no Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, em Brasília (DF)

Durante a missa, na homilia, dom Joel exortou às famílias para que não deixem que ninguém lhes tire a esperança:

“Jesus ressuscitou. Ele venceu a morte. Aqui está a novidade da fé. E vale a pena ter porque a vitória de Jesus sobre o maior inimigo que é a morte vai fazendo a gente caminhar na vida vencendo as dificuldades uma a uma. Esse é o segredo da vida: não desanimar jamais! A vida é difícil, é, mas se eu tenho esperança eu continuo caminhando”, finalizou dom Joel.

Cultura e confraternização

Após a missa, as famílias atendidas pelo projeto fizeram uma apresentação de dança. Também houve entrega de medalhas e premiações por parte da coordenadoria da Casa às famílias, como forma de reconhecimento pela assiduidade e bom comportamento. Na sequência, aconteceu um momento de confraternização onde todos compartilharam de um lanche na área externa da Casa. 

A iniciativa da missa marcou  o envio para São Paulo de famílias de migrantes e refugiados venezuelanos.

O Centro de Acolhida

 

O Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano funciona em um espaço no Lago Sul, em Brasília (DF), que foi cedido pela CNBB em comodato com as entidades que conduzem diretamente o Centro. Desde fevereiro do ano passado vem recebendo famílias de migrantes venezuelanos que partem dos estados do Amazonas e Roraima. “Eles são acolhidos nessa Casa para passarem um tempo, serem preparados, alimentados e, ao mesmo tempo, preparados para uma inserção laboral, que é a finalidade do projeto”, afirma a irmã Rosita Milesi. 

Por um período de até três meses, as famílias recebem todo tipo de assistência: formação, atenção integral às crianças, capacitação para o trabalho, acompanhamento em casos de alguma enfermidade ou necessidade de atenção à saúde, momentos diários de oração, atenção psicológica e orientação jurídica.  

“Aqui eles recebem assistência integral para preparar-se para esse momento de assumir autonomia em locais em que o projeto tenha conseguido emprego para pelo menos uma pessoa da família”, completa irmã Rosita. 

O venezuelano Elenin Rosal, de 35 anos, faz parte do grupo de famílias que é atendida pela Casa Bom Samaritano

 

Acolhida brasileira  

O venezuelano Elenin Rosal, de 35 anos, faz parte do grupo de famílias que é atendida pela Casa Bom Samaritano. Ele, a esposa e suas três filhas pequenas vieram de Pacaraima, em Roraima, para participarem do projeto “Acolhidos por meio do trabalho”. Ele contou que a experiência de sair de seu país de origem foi muito dura, mas que ao chegar no Brasil encontrou a oportunidade de ser acolhido.

Elenin permaneceu na Casa por um período de um mês e agora ele e sua família estão partindo para São Paulo onde já estão com uma vaga de emprego garantida. “A Casa Bom Samaritano além de me servir como abrigo também me oportunizou um trabalho”, conta. 

A Casa oferece um trabalho integral e organizado com metodologia de cogestão, isto é, os acolhidos participam a fim de que este período de vivência ofereça às pessoas oportunidade de participar num processo metodológico colaborativo. 

Luís Guilherme Gonçalves é oficial de disciplina na Casa Bom Samaritano. Ele explica que nesse modelo de cogestão as famílias são envolvidas como protagonistas da Casa. “No final de cada mês eu vejo qual foi aquele migrante que esteve mais envolvido, com maior empatia justamente para motivá-los a participarem das tarefas da Casa. E a premiação do final do mês é uma medalha para o melhor beneficiário, para o dormitório mais limpo, entre outras coisas”, explicou.  

O “acolhidos por meio do trabalho” faz parte de um projeto implementado pela AVSI Brasil e Instituto Migrações e Direitos Humanos/Irmãs Scalabrinianas, financiado pelo Departamento de População, Refugiados e Migração (PRM), do governo dos EUA, e em parceria com a CNBB. O projeto contribui com as ações da força tarefa humanitária Operação Acolhida, liderada pelo governo federal. 

 

Fonte: CNBB

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