InícioNotíciasIgreja no BrasilCoordenadoria Ecumênica de Serviço comemora 50 anos com série de atividades em...

Coordenadoria Ecumênica de Serviço comemora 50 anos com série de atividades em Salvador (BA)

Autor

Data

Categoria

Com a participação de lideranças de movimentos populares, a CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço realiza hoje (13), às 18, na Igreja da Santíssima Trindade, em Água de Meninos, um culto ecumênico para celebrar 50 de trabalho em defesa dos direitos humanos.

“Será um momento de comemorar 50 anos de vida e reforçar o compromisso das igrejas em apoiar iniciativas de movimentos sociais, organizações populares, organizações de base, coletivos populares, organizações ecumênicas etc. Todos trabalhando juntos para fortalecer a luta e a defesa de direitos humanos no Brasil”, destaca a diretora executiva da CESE, Sônia Mota.

Ela irá conduzir a celebração, junto com a assessora para Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, Bianca Daébs, e toda a equipe CESE. Embora o culto seja numa igreja católica, representantes de outras expressões de fé – de religiões de matrizes africanas, cristãos de diferentes congregações, indígenas, entre outros – estarão presentes.

O assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, padre Marcus Barbosa, participa dos eventos em comemoração aos 50 anos da CESE. Padre Marcus foi presidente da CESE por dois mandatos.

“Minha história com a CESE poderia ser traduzida em uma palavra: comunhão. A organização é uma família na qual se vivencia uma experiência fraterna numa equipe tão diversificada em saberes, experiências de fé e histórias de vida”, disse.

Intolerância religiosa

Segundo a diretora executiva da CESE, Sônia Mota, a intolerância religiosa é um desafio a ser enfrentado no Brasil, que vive um retrocesso no âmbito da laicidade do Estado e em seus compromissos pela defesa de direitos, principalmente por conta do avanço dos fundamentalismos políticos e religiosos.

“A postura da CESE sempre é de diálogo e respeito com outras tradições de fé. Entendemos que essa deve ser a postura de quem, independentemente da fé que professa, é capaz de acolher a alteridade e perceber a riqueza e peculiaridade de outras tradições religiosas. É preciso assumir que as religiões são diferentes, e, justamente por isso, são preciosas e necessárias no mundo plural e diverso em que vivemos. O respeito à religião do outro/da outra é o maior testemunho de fé que uma pessoa pode dar”, destaca a diretora executiva da CESE.

“A forma de dar a nossa contribuição é promover, incentivar, participar e estabelecer fóruns de diálogo e de coexistência religiosa por meio de campanhas e atividades nas quais as diversas religiões possam dialogar e agir em conjunto. Também apoiamos pequenos projetos e ações de fortalecimento da defesa e do diálogo religioso”, afirma Sônia.

Ela destaca várias iniciativas e ações concretas de diálogo entre religiões que estão acontecendo no Brasil: a Marcha das Religiões contra a Intolerância Religiosa, ações em defesa de povos tradicionais e do direito a seus territórios – recentemente a Missão Ecumênica em defesa dos Guarani-kaiowá, no Mato Grosso do Sul -, ações em defesa dos imigrantes e contra a xenofobia etc. “Muitas vezes, uma ação concreta em defesa da vida e dos direitos é o início de um diálogo e, de repente, percebemos que estamos unidos por uma solidariedade e o compromisso incondicional com a defesa de direitos”, finaliza.

Exposição

A exposição ‘Memória de uma caminhada em defesa dos direitos humanos’ também faz parte da programação dos 50 anos da CESE e poderá ser visitada na Arquidiocese de São Salvador da Bahia, com entrada gratuita, de 15 a 21 de junho, das 9h às 12h, e das 14h às 17h. Com a curadoria do ator, diretor, músico, artista visual e diretor de produção, Fernando Marinho, a exposição vai reunir fotos, vídeos e objetos que marcaram a história de luta da CESE em cinco décadas.

O público poderá conferir na exposição o vídeo memória ‘Efeito Semente’, que revisita momentos marcantes da trajetória da instituição, que surgiu em 1973, em pleno regime ditatorial no Brasil, e até hoje é referência na luta por direitos humanos, por liberdade religiosa e por um ecumenismo de serviço. O roteiro é assinado por Carolina Gomes e a direção por Kau Rocha, ambos jornalistas. O vídeo também estará disponível no canal do Youtube da CESE.

História da CESE

De 1973 a maio de 2023, mais de 14 mil iniciativas foram apoiadas através do Programa de Pequenos Projetos em todas as regiões do País. A CESE que nasceu e tem sede em Salvador (BA), celebra este ano cinco décadas de trabalho em defesa dos direitos humanos, apoiando movimentos sociais e projetos voltados para as populações mais vulneráveis, marginalizadas e excluídas. Desde a fundação, a CESE definiu que o apoio a pequenos projetos seria uma das suas principais estratégias de ação.

De 1973 a maio de 2023, mais de 14 mil iniciativas foram apoiadas pelo Programa de Pequenos Projetos, beneficiando cerca de 10.150.000 pessoas. A instituição atende a demanda de projetos de todo o Brasil, mas prioriza três regiões: Nordeste, Norte e Centro Oeste.

O Programa de Pequenos Projetos apoia iniciativas de organizações populares, rurais e urbanas, representativas de diversos segmentos da sociedade brasileira, a exemplo de povos indígenas, quilombolas e outras populações negras, comunidades tradicionais, agricultores (as) familiares, sem-terra, sem teto, populações urbanas, mulheres, jovens etc., além de apoiar ações emergenciais de caráter humanitário.

Serviço:
Exposição: ‘Memória de uma caminhada em defesa dos direitos humanos’.
Onde: Arquidiocese de São Salvador da Bahia; prédio da Ação Social Arquidiocesana (ASA) – Av. Leovigildo Filgueiras, 270, Garcia, Salvador/BA.
Quando: 15 a 21 de junho, das 9h às 12h, e das 14h às 17h.
Acompanhe a celebração ecumênica: transmissão ao vivo pelo canal do Youtube (@CESEdireitos) e na página do Facebook (@cesedireitos).
Quando: 13 de junho, às 18h.

Fonte: CNBB

Diocese de Itumbiara
Diocese de Itumbiarahttps://diocesedeitumbiara.com.br/
A Diocese de Itumbiara foi criada no dia 11 de outubro de 1966, pelo Papa Paulo VI, desmembrada da Arquidiocese de Goiânia; seu território é de 21.208,9 km², população de 286.148 habitantes (IBGE 2010). A diocese conta 26 paróquias, com sede episcopal na cidade de Itumbiara-GO.

Últimas notícias