A Igreja de Cristo, no XXVII Domingo do Tempo Comum, traz a nós, seus filhos, a parábola dos vinhateiros homicidas. Tal história é contada por Jesus, na sua última semana de vida aqui na terra, como nos recorda o Evangelho.
No contexto da narração bíblica, vemos que existe uma situação dramática entre os chefes, sacerdotes do período e Jesus. Esta parábola, que d’Ele escutamos, revela a nós claramente os sinais de sua futura Paixão. A vinha é interpretada como o povo de Israel escolhido, desde os primórdios, por Deus, que se faz dono dela. Os vinhateiros são os condutores do povo, sacerdotes e chefes.
É interessante perceber que o Senhor, vendo que sua vinha já estava no período de dar seus frutos, envia primeiro os seus servos, que no encontro com os vinhateiros são mortos. Isto, na história do Antigo Testamento, é bastante perceptível, principalmente na relação do justo e do iníquo invejoso. Lembremos, por exemplo, de Caim e Abel ou de José do Egito e seus irmãos. Todas essas histórias nos revelam que os invejosos não aceitam os eleitos de Deus e o assassinato é a conclusão dos atos.
Vemos, ainda, que o Senhor envia o seu Filho amado, seu Eleito desde toda a eternidade, e, pela inveja de não reconhecer que a vinha é de Deus, os invejosos matam o Filho, para assim ter o que não é deles, mas que lhes foi concedido. Para esses invejosos, o Senhor promete retirar tudo aquilo que lhes foi confiado.
Nós também parecemos como os vinhateiros todas as vezes que não soubemos administrar aquilo que Deus nos concedeu, como, por exemplo, a vida, os dons etc. Tudo é d’Ele, nós somos apenas colaboradores. Nesse sentido, não tenhamos o desejo invejoso de estar no Seu lugar, mas nos coloquemos a serviço, para que, quando Ele enviar seus mensageiros e seu Filho, possamos entregar com bons frutos aquilo que Ele nos confiou.
Pastoral Vocacional
Diocese de Itumbiara