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“A Esperança não decepciona” (Rm 5,5)

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Itumbiara, 15 de dezembro de 2024
Terceiro Domingo do Advento

“A esperança não decepciona” (Rm 5,5)

Caros amigos,

Seguindo uma antiguíssima tradição da Igreja, que a cada 25 anos celebra um Ano Santo Jubilar, o Papa Francisco nos convida a vivenciarmos mais um tempo de graça: celebrarmos os 2025 anos do nascimento de nosso Salvador e Redentor, Jesus Cristo. Desta vez, o Santo Padre escolheu o tema da esperança para nos guiar neste itinerário de fé, de conversão e peregrinação. Sabemos que a esperança é a virtude “pela qual desejamos como nossa felicidade o reino dos céus e a vida eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e nos apoiando não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo” (CEC, n. 1817). Somos, pelo Batismo, “Peregrinos de esperança”. Nossa missão é sermos no mundo sinais visíveis de esperança, juntamente com a fé e a caridade, virtudes essenciais da vida cristã.

Com a Bula de proclamação do Ano Santo Spes non confundit – “A esperança não decepciona” (Rm 5,5) –, o Sumo Pontífice explicita a motivação e o itinerário para o Ano Jubilar tanto na Igreja de Roma, quanto nas Igrejas particulares. Seu desejo é que este Ano Santo possa ser, para todos, “um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, ‘porta’ de salvação (cf. Jo 10,7.9); com Ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda a parte e a todos como sendo a ‘nossa esperança’ (1Tm 1,1)” (Spes non confundit, n. 1).

Por isso, neste Ano Jubilar somos chamados a renovar nossa esperança. Essa esperança “nasce do amor e funda-se no amor que brota do Coração de Jesus traspassado na Cruz […]; não engana nem desilude, porque está fundada na certeza de que nada e ninguém poderá jamais nos separar do amor divino” (Spes non confundit, n. 3). E, para melhor conhecermos as motivações que levaram o Santo Padre para celebrarmos este Ano Santo, recomendamos a leitura e o estudo da Bula de proclamação do Jubileu. Assim, poderemos vivenciar mais eficazmente esse tempo de Esperança, Graça e Salvação.

A abertura oficial do Jubileu, será celebrada pelo Papa Francisco no dia 24 de dezembro de 2024, com o Rito de abertura da Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma. O encerramento do Jubileu será no dia 06 de janeiro de 2026, Solenidade da Epifania do Senhor.

No dia 29 de dezembro de 2024, Festa da Sagrada Família, Jesus, Maria e José, a abertura do Jubileu 2025 será realizado na Igreja Catedral de todas as Dioceses no mundo, pelo Bispo Diocesano, com todo o seu clero, religiosos e religiosas e fiéis leigos. O encerramento do Jubileu nas Igrejas particulares se dará no dia 28 de dezembro de 2025, Festa da Sagrada Família, Jesus, Maria e José.

Em nossa Diocese de Itumbiara, faremos como a seguir:

  • Dia 29 de dezembro de 2024 (Abertura do Jubileu nas Igrejas particulares) – Faremos uma peregrinação saindo da Paróquia São Pedro e São Paulo para a Catedral Santa Rita de Cássia, às 09h. A concentração dará início às 08h30min na Paróquia São Pedro e São Paulo em Itumbiara. Na ocasião, será entregue a cada Vigário Forâneo uma Cruz peregrina, que percorrerá ao longo do Ano Santo, todas as Paróquias das Foranias, segundo calendário a ser definido.
  • Fica determinado em nossa Diocese que as Paróquias Catedral Santa Rita de Cássia (Forania Santa Rita) em Itumbiara-GO, Santuário Diocesano Divino Pai Eterno (Forania Divino Pai Eterno) no Panamá–GO e Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Forania Nossa Senhora da Abadia) em Edealina-GO serão as denominadas Igrejas Jubilares, nas quais os fiéis poderão lucrar indulgências e fazerem suas peregrinações ao longo de todo o Ano Jubilar.
  • Além das Igrejas, conforme indica o Papa Francisco, no Ano Jubilar somos “chamados a ser sinais palpáveis de esperança para muitos irmãos e irmãs que vivem em condições de dificuldade” (Spes non confundit, n. 10). Nesse sentido, voltemos nosso olhar de esperança e compaixão para com os presos que, privados de liberdade, além da dureza da reclusão, experimentam dia a dia o vazio afetivo, as restrições impostas e, em não poucos casos, a falta de respeito. Busquem os sacerdotes e fiéis leigos, ao longo do Ano Santo, dar apoio espiritual aos encarcerados que estão dentro de cada território paroquial, com encontros, missas, visitas, a fim de levar o Evangelho da Esperança, o próprio Cristo Jesus, Porta de Salvação.
  • Em cada Forania, os vigários forâneos articulem com os padres uma data específica para que as paróquias se juntem e façam uma pequena peregrinação até a Igreja Jubilar de cada Forania. Na ocasião seja rezada a Missa pelo Ano Santo, proposta pelo Ritual do Jubileu, e os padres fiquem a disposição para o atendimento de confissões. Pode-se ainda, ao longo do ano, as Paróquias, Pastorais e Movimentos promoverem suas peregrinações até as Igreja Jubilares.
  • Durante a Quaresma, nos mutirões de confissões, lembramos que a concessão de Indulgências plenárias do Jubileu estará inserida no contexto das práticas penitenciais. Como é próprio do Jubileu, a pregação e a celebração da misericórdia de Deus, do perdão e da reconciliação, são elementos centrais da vivência do Ano Jubilar.
  • Sobre as Indulgências, ao longo de todo o Ano Jubilar, estimulemos os fiéis a desejarem e alimentarem o piedoso desejo de obter as Indulgências como dom de graça. “Durante o Jubileu Ordinário de 2025, permanecem em vigor todas as outras concessões de Indulgência” (Normas sobre a concessão da Indulgência durante o Jubileu ordinário do Ano 2025). Além do mais, os fiéis poderão lucrar Indulgência ao empreenderem uma piedosa peregrinação a qualquer lugar sagrado do jubileu, em Roma, na Terra Santa e em outras circunscrições eclesiásticas; nas piedosas visitas aos lugares sagrados; nas obras de misericórdia e de penitência (vide as normas sobre a concessão da Indulgência). Lembrando sempre das condições habituais para se lucrar as Indulgências: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Sumo Pontífice.
  • Nas Paróquias, Pastorais e Movimentos, os nossos encontros, reuniões, retiros, estudos, possam ser momentos de encontro com Cristo, Jesus, nossa Esperança. Busquemos “a centralidade da Palavra de Deus, fundamento da revelação cristã; a renovação da liturgia, expressão do serviço sacerdotal de todos os batizados; a consciência de ser o Povo de Deus a caminho da Jerusalém celeste; a necessidade de condividir as alegrias e as esperanças de toda a humanidade e sobretudo dos pobres: essas são as etapas fundamentais a serem percorridas para que a Igreja se perceba e se mostre viva, se renovando e se aperfeiçoando em seu caminho de santificação” (FRANCISCO. Introdução – cadernos do Concílio 1, 2023, p. 8).

Supliquemos à Virgem Maria, a Mãe da Santa Esperança, que nos acompanhe nesta peregrinação rumo à Jerusalém celeste, para que não nos falte a esperança em nosso caminhar, seu filho Jesus Cristo, razão do nosso júbilo e fé, Aquele que É, que Era e que Vem pelos séculos dos séculos.

+ José Aparecido Gonçalves de Almeida
Bispo Diocesano de Itumbiara

Diocese de Itumbiara
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A Diocese de Itumbiara foi criada no dia 11 de outubro de 1966, pelo Papa Paulo VI, desmembrada da Arquidiocese de Goiânia; seu território é de 21.208,9 km², população de 286.148 habitantes (IBGE 2010). A diocese conta 26 paróquias, com sede episcopal na cidade de Itumbiara-GO.

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