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Mês Vocacional

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Quando se fala de vocação, sabemos que se trata de um chamado de Deus. Mas podemos nos perguntar: chamados a quê? Aqui a resposta pode ser diversa. Por exemplo, o Senhor nos chama à vida, à amizade com Ele, à santidade, ao amor… Isso tudo faz parte de nossa vocação, da missão que Deus confiou a cada um. Contudo, todos nós recebemos de Deus o chamado a manifestar a Sua imagem e sermos transformados à imagem do Filho único, Jesus Cristo. Assim sendo, a vocação “reveste-se de uma forma pessoal, pois cada um é chamado a entrar na bem-aventurança divina” (CIgC 1877). E, para entrarmos nesta bem-aventurança, é preciso ser santos. Esta é a vocação universal de todos os discípulos de Jesus.

O Senhor nos chama à Santidade. Esse é o seu desejo para nós: que sejamos santos como o Pai é Santo (1 Pd 1,16). Desse modo, a Igreja, em sua Constituição Dogmática Lumen Gentium, nos recorda que esse caminho de salvação pode se dar por diversos modos: “munidos de tantos e tão grandes meios de salvação, todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um por seu caminho” (n. 11). A partir dessa vocação comum, o Senhor nos convida a percorrer um caminho concreto junto a Ele, podendo ser vivido tanto no sacerdócio ministerial e na vida religiosa, quanto na vida matrimonial ou celibatária.

Quanto à busca pela santidade em cada vocação específica, o Papa Francisco nos recorda que, independentemente da condição ou estado em que nos encontramos, somos chamados a ser santos, e que devemos deixar a graça do Batismo frutificar em nós através do caminho de santidade (Gaudete et Exsultate, 15): “Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais” (Gaudete et Exsultate, 14).

Em todos os anos no mês de agosto, a Igreja do Brasil nos convida a voltarmos nossos olhos para essa realidade da vida cristã: a Vocação. Para isso, em cada final de semana, recordamos uma vocação específica, de modo que busquemos fomentá-las na vida eclesial da comunidade. Desse modo, no primeiro domingo, lembramo-nos das Vocações Sacerdotais (Bispos, Padres e Diáconos); no segundo domingo, a Vocação Familiar, no qual se comemora o dia dos Pais e a Semana Nacional da Família; no terceiro domingo, as Vocações Religiosas; no quarto domingo, as Vocações Leigas; e, quando se tem o quinto domingo, recorda-se da Vocação ao ministério do Catequista.

Em todos os anos no mês de agosto, a Igreja do Brasil nos convida a voltarmos nossos olhos para essa realidade da vida cristã: a Vocação.

E, como de costume, em cada ano, é-nos apresentada uma temática para se refletir as vocações. Neste ano de 2022, a comissão para os Ministérios Ordenados e a vida consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu o tema: “Cristo Vive! Somos suas testemunhas” e o lema: “Eu vi o Senhor” (Jo 20,18). Tema esse muito propício, pois se trata da alegria que nós, os discípulos de Jesus e vocacionados, devemos ter diante da vocação que recebemos d’Ele, pois um dia nos encontramos com Jesus, o Ressuscitado, e por isso decidimos segui-lo. Como nos diz o Documento de Aparecida: “Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber. Tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas. Fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (n. 29). É essa alegria de saber que Cristo vive, que nos dá ânimo de poder anunciar essa notícia que “Eu vi o Senhor”, pois Ele vive e me chamou pelo nome. Ele me conhece e eu O conheço. E “conhecer Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo, é uma graça e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e escolher” (DAp. 18). Que essa alegria possa nos ajudar a animar outras pessoas para que compreendam qual a vocação que o Senhor lhes chama.

“Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber. Tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas.

Por fim, não deixemos de rezar pelas vocações e de promovê-las na Igreja, uma vez que a oração é de suma importância na vida cristã e na evangelização. Também o é no serviço de animação vocacional. O mês de agosto é o mês dedicado à oração pelas vocações, e, aqui, vale-nos ressaltar que essas nossas preces não sejam somente nesse período, mas que sejam constantes, pois assim disse o Senhor: “Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita” (Mt 9,37-38). A oração é uma das formas de favorecer a descoberta da própria vocação, de discernir e de ter coragem de tomar a decisão. É um dos meios de criar uma cultura vocacional. E, para isso, a pastoral vocacional tem a missão de fomentar na comunidade essa cultura vocacional através da oração. Quando uma comunidade reza ao Senhor da Messe, a resposta de Deus não é outra, senão fazer brotar santas e numerosas vocações para a Igreja. Que neste mês vocacional renovemos o nosso sim ao chamado que o Senhor nos fez, recordando-nos da alegria de sermos Suas testemunhas. E que sejamos todos promotores das vocações, de modo particular, as de especial consagração.

Pastoral Vocacional

Diocese de Itumbiara
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A Diocese de Itumbiara foi criada no dia 11 de outubro de 1966, pelo Papa Paulo VI, desmembrada da Arquidiocese de Goiânia; seu território é de 21.208,9 km², população de 286.148 habitantes (IBGE 2010). A diocese conta 26 paróquias, com sede episcopal na cidade de Itumbiara-GO.

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