Estamos para encerrar o mês de outubro, e não podemos nos esquecer de que todo este mês, a Igreja nos recorda a realidade da Missão, especialmente aqui no Brasil, em que estamos vivendo o Ano Jubilar Missionário. Nota-se que, neste período, as iniciativas de animação e cooperação missionárias são intensificadas em todo o mundo. Por isso, nosso desejo é de que todos os fiéis batizados, tenham essa consciência de que todos são missionários. E o exemplo maior de Missionário é Cristo Jesus, o Missionário do Pai, o qual cumpriu com a “vontade do Pai, deu começo na terra ao Reino dos Céus e revelou-nos o seu mistério, realizando, com a própria obediência, a redenção” (Lumen Gentium, 3), e que agora, como Igreja, damos testemunho dessas maravilhas.
Uma vez que somos incorporados a Cristo, por meio do Batismo, participamos de seu Corpo que é a Igreja e nos tornamos cooperadores de Deus e vocacionados à missão de Jesus. Como nos afirma o Concílio Vaticano II em sua Constituição Dogmática Lumen Gentium, “assim como o Filho foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos (cf. Jo. 20,21) dizendo: “ide, pois, ensinai todas as gentes, batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinai-as a observar tudo aquilo que vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (Mt. 28, 19-20). A Igreja recebeu dos Apóstolos este mandato solene de Cristo, de anunciar a verdade da salvação e de a levar até aos confins da terra (cf. At. 1,8) […] Cada discípulo de Cristo incumbe o encargo de difundir a fé, segundo a própria medida” (n. 17). Percebe-se que a missão está muito ligada com o aspecto vocacional, porque, toda vocação é missionária. O Senhor chama a cada um, segundo seu estado de vida, e envia em missão para ser testemunha (cf. At 1,8) de Seu Amor e de Sua Palavra.
Pelo Batismo, somos chamados a contribuir com a Igreja na perpetuação da Mensagem Salvífica de Cristo. Pois, “a missão da Igreja tem como fim a salvação dos homens, a alcançar pela fé em Cristo e pela sua graça. Por este motivo, o apostolado da Igreja e de todos os seus membros ordena-se, antes de mais, a manifestar ao mundo, por palavras e obras, a mensagem de Cristo, e a comunicar a sua graça. Isto realiza-se sobretudo por meio do ministério da palavra e dos sacramentos, especialmente confiado ao clero, no qual também os leigos têm grande papel a desempenhar, para se tornarem “cooperadores da verdade” (3 Jo. 8). É sobretudo nesta ordem que o apostolado dos leigos e o ministério pastoral se completam mutuamente” (Apostolicam Actuositatem, 6). Como podemos ver, a missão não é só de responsabilidade do clero, dos religiosos e religiosas, mas, também, de todos os fiéis. Devemos ter essa consciência sempre, por isso, desde a iniciação cristã se deve trabalhar essa dimensão missionária dada no Batismo.
Uma vez que vocação é missão, não podemos nos esquecer de rezar pelas vocações e de promovê-las na Igreja. Essa, também, é uma missão. A Igreja continua crescendo e, para realizar sua missão, necessita de pessoas comprometidas com o Reino de Deus. Por isso, intensifiquemos as nossas orações, pedindo ao Senhor da Messe que envie operários, e lhes sustente durante a missão, dando-lhes perseverança para que o Evangelho chegue aos quatro cantos do Mundo, a todos os povos.
E não nos esqueçamos: “Jesus é missão, a Igreja é missão, Então, a vida é missão, o amor é missão. Então, Jesus é missão, a Igreja é missão. Então, nós somos missão” (cf. Hino da Campanha Missionária 2022). Que Nossa Senhora, a Discípula Missionária de Jesus, interceda por nós e nos ensine a sermos missionários.
Pastoral Vocacional