Duas formações no campo da Pastoral Litúrgica foram oferecidas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Entre os dias 13 e 18 de setembro, as dioceses de Blumenau (SC) e Cachoeiro do Itapemirim (ES) puderam aprofundar a carta apostólica Desiderio Desideravi, do Papa Francisco, e saber mais sobre a terceira edição típica do Missal Romano.
Atualização do Clero
A formação em Blumenau foi voltada ao clero e abriu um trabalho de formação junto aos presbitérios sobre a terceira edição típica do Missal Romano. “Estamos em breve aguardando a aprovação final da Santa Sé para o uso dessa terceira edição típica no Brasil, que levou mais de 18 anos de trabalho de revisão de tradução. E agora a proposta da Comissão é iniciar uma formação junto aos cleros, junto aos regionais sobre essa terceira edição do Missal Romano”, explica o assessor do Setor Pastoral Litúrgica da Comissão para a Liturgia da CNBB, padre Leonardo José Pinheiro.
Ele sublinha que o conteúdo trabalhado neste momento refere-se àquilo que é próprio da terceira edição: as características, o que é apresentado de novo, não o que é específico para o Brasil, “porque isso ainda aguarda o diálogo e a aprovação junto à Santa Sé. O que é da edição latina que já pode ser trabalhado, aprofundado”.
Desiderio Desideravi
O encontro de atualização dos Presbíteros de Blumenau também foi oportunidade de estudo da carta apostólica do Papa Francisco Desiderio Desideravi, sobre a formação litúrgica do povo de Deus. Segundo o padre Jairson José Kienen, foi “ótima a exposição sobre o tema, nos ajudando a profundar a mística da liturgia sob o olhar deste documento e o apelo que o Papa Francisco faz, principalmente aos sacerdotes sobre a necessidade da formação litúrgica a todo povo de Deus”. O presbítero ressalta ainda a oportunidade de “descobrir ainda mais a beleza e a riqueza da Liturgia”.
Na diocese de Cachoeiro do Itapemirim, estiveram presentes 103 pessoas, entre leigos e leigas, presbíteros, diáconos, seminaristas e religiosos. Foram dois dias (17 e 18 de setembro) de aprofundamento do documento sobre a formação litúrgica promovido pela Equipe Diocesana da Pastoral Litúrgica.
A coordenadora, Sueli Moreira Volpini, comentou que o encontro “foi de grande importância, nessa retomada dos encontros presenciais pós-pandemia”. Sobre o documento aprofundado, ela destaca que o Papa Francisco inicia e termina a carta “nos falando do desejo do Senhor de estar conosco, nos fala das maravilhas e da beleza da liturgia, da força do Pão partido, que é sustendo para a nossa vida”.
“Tudo isso vem nos mostrar que precisamos tirar a ‘camisa de força’ do pode e não pode, como nos dizia padre Leonardo, e vivenciar a beleza da liturgia, expressão da graça de Deus na vida da nossa Igreja, porque a Liturgia nos alcança e nos envolve, é sempre o Senhor, que age em nós. Esse é o caminho que devemos seguir em nossas comunidades, em nossa Igreja”, afirmou.
Padre Leonardo explicou que o aprofundamento da carta foi feito com destaque a três aspectos propostos para reflexão pelo Papa Francisco: a beleza da verdade da celebração litúrgica, a formação litúrgica e a arte de celebrar. Isso, com a leitura “tanto do ponto de vista daqueles que presidem, sejam ministros ordenados ou não, ou do ponto de vista da assembleia celebrante, um ponto que o Papa insiste ao longo de toda a carta”, afirmou.
Os encontros foram, segundo padre Leonardo, “oportunidade significativa para retomar e revisitar aquilo que o Concílio Vaticano II aponta, sobretudo na Constituição Conciliar Sacrossantum Concilium, sobre o lugar e a importância da liturgia na vida da Igreja”.
Com imagens das dioceses de Blumenau e Cachoeiro do Itapemirim
Fonte: CNBB