InícioÚltimas notícias“Nós ministros ordenados não somos o centro, mas servidores do povo”, diz...

“Nós ministros ordenados não somos o centro, mas servidores do povo”, diz Dom Fernando na ordenação presbiteral do Pe. Erick Meneses

Autor

Data

Categoria

No sábado, 26 de março, foi ordenado sacerdote, o diácono Erick Meneses, sob a imposição das mãos do bispo Dom Fernando Brochini. A celebração aconteceu na Paroquia Nossa Senhora do Carmo – igreja Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, em Morrinhos (GO). Assim como no sábado passado, em que a Igreja de Itumbiara ordenou os padres Lenilson e Walisson, a ordenação do padre Erick reuniu padres, religiosos e religiosas e seminaristas da Diocese de Itumbiara e de várias dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB, bem como alguns religiosos da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, da qual o padre Erick já fez parte.

Em sua homilia, Dom Fernando comentou que é o próprio Deus quem escolhe os seus filhos para serem sacerdotes para o serviço da Igreja. “Se recebemos dele esta missão, devemos ser fiéis a ele. Seu Filho encarnado que no Evangelho nos lembra muito bem a diferença que existe entre governar segundo o coração deste mundo e segundo as intencionalidades dos poderosos deste mundo e governar como servidor à imagem e semelhança dele mestre e Senhor que se torna servo de todos”. Dom Fernando afirmou, citando o evangelho que “dentre vós não deve ser assim”. “Não devemos imitar aqueles que se julgam acima dos outros; dominadores que usam suas posições para usufruir das pessoas. Aquele que quer ser grande se torne pequeno, se torne o menor de todos e o servidor de todos”.

Não devemos imitar aqueles que se julgam acima dos outros; dominadores que usam suas posições para usufruir das pessoas. Aquele que quer ser grande se torne pequeno, se torne o menor de todos e o servidor de todos”.

“É preciso fazer a vontade do Pai”, continuou o bispo. É o próprio Cristo que envia os seus ministros em missão”. Dom Fernando lembrou que corremos o risco de cultuar a nós mesmos, nossa aparência frágil e passageira e deixamos de cultuar aquele que é o mais belo de todos e que não poupou a si mesmo para que nele pudéssemos ser enriquecidos e divinizados como a vontade do Pai a nosso respeito. Nós ministros consagrados não somos o centro da história. É na humildade, na busca pela santidade, superando a nós mesmos como o apóstolo nos lembra: tudo aquilo que é do homem velho se tornou passado. Tudo aquilo que era do homem sujeito ao pecado ficou para trás. O que importa é o homem novo restaurado em Cristo Jesus. É a busca permanente da santidade que devemos ter como objetivo maior da nossa vida para que possamos ser instrumentos de santificação.

Discurso do Neo Sacerdote


Após os ritos de Ordenação e a Santa Missa, o novo sacerdote disse algumas palavras de agradecimento, falando a partir do seu lema: “servir e dar a vida por muitos”. Agora eu entendo que ninguém pode servir, muito menos dar a vida por resgate de alguém se não tiver o coração repleto de gratidão pela misericórdia que Deus tem dele. Então meu coração está repleto de alegria e gratidão a Deus por tudo aquilo que ele fez por mim. Me lembro do Salmo que cantamos: o que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele fez? Eu levo o cálice, assumo tudo o que for preciso assumir. Não existe outro jeito de servir e dar a vida se não for assim. Agora eu entendo, precisamente agora. Elevo o cálice que ele me oferecer, seja ele qual for. Meu coração está repleto de gratidão e eu tenho muitos motivos para agradecer hoje, muitos motivos para louvar a Deus.

Louvo a Deus primeiro pela Igreja que antes que eu quisesse resgatar alguém ela foi lá e me resgatou. A Igreja que deu o sim para a minha vida e a minha vocação na pessoa do Dom Fernando a quem eu agradeço e louvo a Deus pela vida do senhor, pelo ministério do senhor nessa diocese, pela presença nestes anos em que eu passei por aqui na formação. Muito obrigado! O senhor foi o sinal da Igreja em minha vida e o meu sim só é possível por causa do seu. Louvando a Deus pela Igreja, eu não podia e não posso deixar passar em branco a minha gratidão pela Igreja de Morrinhos, por essas duas paróquias, minhas paróquias, as duas, apesar do que o Direito Canônico possa dizer, são as duas minhas paróquias. Gratidão por cada pessoa dessas paróquias que não mediram esforços por esta ordenação. Não pelo evento, mas para que um dia ela acontecesse. Rezaram por mim esse tempo todo. Alguns mais do que rezaram: ofertaram o que tinham para que eu pudesse ser padre. Esses eu não preciso citar os nomes. Cada um sabe e eu quero que vocês saibam que vocês foram muito importantes para mim que se desprenderam em generosidade, que se doaram com o fruto do trabalho de vocês sustentando o seminário e os seminaristas. Muito obrigado! Em especial aqueles que ajudaram na ordenação. Ficou lindo. Eu não merecia tanto, ainda bem que vocês fizeram para o Senhor. Muito obrigado por tudo.

Agradeço a essas duas paróquias na pessoa dos párocos, o padre Wesley, o padre Roger, muito obrigado! Nunca colocaram um obstáculo para que isso acontecesse. Foram só serviço. Deus abençoe vocês. Neste momento de gratidão eu queria elevar louvor a Deus pelos meus amigos que juntos estavam comigo neste processo. Nomeio a eles porque experimentaram comigo as cruzes do processo, de um modo muito particular os amigos do Resgate que aqui estão. Se eu tenho resgate no lema é porque eu fui resgatado antes e se fui resgatado é porque Deus usou de vocês para isso. Louvado seja Deus pelo carisma que vocês têm. Eu não sei se eu tenho fôlego suficiente para falar da minha família. Eu decidi ir para o seminário em 2013 e nesses nove anos só Deus sabe o que a gente passou. Tudo mudou lá em casa, tudo. Nós não somos mais aqueles.

Quando eu fui para o seminário, o meu padrinho, Pe. Anísio, me mandou uma música do Pe. Zezinho porque eu não queria sair de casa e a música falava que a águia pequena tem que deixar o ninho porque nasceu para deixar o ninho.

Quando eu fui para o seminário, o meu padrinho, Pe. Anísio, me mandou uma música do Pe. Zezinho porque eu não queria sair de casa e a música falava que a águia pequena tem que deixar o ninho porque nasceu para deixar o ninho. Pai e mãe muito obrigado por não me segurar na doença, no sofrimento, na dor, vocês nunca pediram para eu abandonar os planos de Deus, nunca e por isso eu louvo a Deus pela vida de vocês e rezo para que vocês sejam santos porque se vocês entregaram um padre para a Igreja, o padre só serve para isso, para tentar ajudar o povo a ser santo e vocês são meu povo por primeiro porque vocês têm o meu coração. Muito obrigado, eu amo muito vocês. Se hoje eu posso dar um sim para a Igreja é graças a minha Igreja Diocesana e graças ao Coração de Jesus que me ajudou a ser quem eu sou. Quando eu deixei a congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, alguém virou para mim e disse assim: tudo bem você ter escolhido errado, a gente erra, mas depois a gente pode mudar de volta e acertar. Eu quero dizer que Deus não erra, meu povo. Eu precisei passar pela escola do Coração de Jesus para ser gente e quero louvar a Deus pela congregação na pessoa do padre Anísio e dos Frateres que vieram aqui. Vocês sabem que eu amo vocês.

Os seminaristas que escolheram vir aqui hoje sacrificando muito, obrigado também por terem vindo, aos meus irmãos padres, o trabalho começa agora. Contem comigo para o que precisar. Muitas pessoas gostariam de estar aqui e assim eu termino, mas eram pessoas tão boas que Deus quis elas antes: a minha tia Aparecida, o sr. Clóvis da Paróquia Cristo, a tia Madalena, a tia Eliza. O sonho deles era me ver padre e estão vendo, porque eu creio na comunhão dos santos. De um modo muito particular de saudosa memória o Pe. Geraldo estigmatino que amava essa cidade e me amou muito e que um dia me disse: filho, se você vai para o seminário, ou é oito ou é 80. É para ir até o final ou fica aqui. Está bom, é 80 padre, eu respondi. Louvado seja Deus pela presença de vocês, rezem por mim, eu preciso muito. Amém!

Transmissão completa

Veja mais fotos/Créditos: Pascom Paróquia Nossa Senhora do Carmo/Morrinhos-GO

Diocese de Itumbiara
Diocese de Itumbiarahttps://diocesedeitumbiara.com.br/
A Diocese de Itumbiara foi criada no dia 11 de outubro de 1966, pelo Papa Paulo VI, desmembrada da Arquidiocese de Goiânia; seu território é de 21.208,9 km², população de 286.148 habitantes (IBGE 2010). A diocese conta 26 paróquias, com sede episcopal na cidade de Itumbiara-GO.

Últimas notícias